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Imagem em formato de círculo com a bandeira do Brasil, no site é utilizada para escolhe o idioma Português Um menino Ilimitado

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Capa menino ilimitado

Em uma linda manhã de sábado, o sol brilhava radiante, um leve vento soprava, balançando as folhas e flores em volta da casa de Popô. A brisa soprava como se quisesse anunciar um final de semana
muito especial.
Popô, ao acordar: foi ao banheiro, fez xixi, lavou as mãos, escovou os dentes, penteou os cabelos, voltou ao seu quarto, pois havia esquecido de arrumar a sua cama. Dobrou um lençol, estendeu o outro na sua cama e guardou o travesseiro.
Ele sempre arrumava a sua cama pois queria ajudar a sua mãe, achava que, com isso, a sua mãe ficaria menos cansada e poderia dar-lhe muito mais beijinhos. Isso sempre acontecia pois ela, a cada manhã, o enchia de beijos. Ele só não entendia pois, muitas vezes, ela arrumava a cama que ele já havia arrumado!
Após tomar o café, ele comentou:
Mamãe, o seu café hoje está diferente, está com um sabor bom, bom, bom.
A mãe apenas sorriu. Em seguida, ele saiu correndo para a praça próxima à sua casa, onde seus coleguinhas já estavam reunidos para uma partida de futebol.
Popô brincou tanto que parecia ter disputado uma verdadeira Copa do Mundo, com direito a troféu imaginário e volta olímpica de Campeão Mundial.
O dia seguiu sem grandes mudanças: brincadeira, almoço, lanche, brincadeiras, jantar. Mas, ao final do dia, conversando com o seu pai, surgiu alguns questionamentos:
Papai, por que as pessoas têm times diferentes? Eu sou Flamengo, Guga é Vasco, Marcos é Fluminense, Zezinho é Botafogo...
Por que todo mundo não é Flamengo, como eu e o senhor?
O pai deixou escapar um leve sorriso e comentou:
Filho, se todos fossem Flamengo, não haveria campeonato... é a disputa saudável entre as equipes que faz o futebol uma felicidade nacional. A mamãe é vascaína.
Popô, nesse momento, imaginou um mundo só de um só time, com bandeirinhas nas mãos, porém tristes por não terem a alegria da saudável diferença.
Sua mãe entrou no sonho com a camisa do de um time diferente e as pessoas começaram a ficar felizes.
A noite chegou e Popô foi dormir, pensando na sua vitória do futebol de todos os times.
Ao amanhecer, sua mãe, com sua voz doce, diz: Popô, acorda filho, já é manhã, uma linda manhã de domingo. Levante, está na hora de irmos à igreja!
Popô, como todos os dias, levantou-se muito alegre, mas dessa vez fez uma pergunta que nunca havia ousado perguntar: Papai, por que a gente tem que ir à igreja todos os domingos?
Porque nós acreditamos que existe um Pai do Céu, um Deus, amigo, e que sempre nos ajuda em tudo. Ele nunca nos abandona e, pelo menos uma vez por semana, é muito importante fazer uma visita à Casa dele.
Mas alguns amigos não vão à igreja e outros vão a outras, por exemplo, por que a gente nunca foi na igreja do pai do Zezinho?
Bem, filho, algumas pessoas acreditam em Deus, como o seu papai e a sua mamãe. Nós procuramos ir à igreja pelo menos uma vez por semana. Algumas pessoas acreditam, mas não vão. Outras escolheram a igreja em que mais se sentem à vontade. Deus está em toda a parte e o mais importante é que ele esteja em nossos corações.
A mãe chega neste momento, ouve a conversa e completa: Nós, filhos, somos católicos, o pai do Zezinho é evangélico, outros são judeus, espíritas, budistas. Porém, o que importa é o amor, e isso nós temos e de sobra.
Todos se abraçam num momento de extrema felicidade!
Foram à igreja e, já ao final da missa, no aviso que sempre acontece no encerramento, havia alguns representantes de igrejas evangélicas que estavam comunicando um evento esportivo entre as diversas igrejas e religiões.
Popô vibrou ao saber que também haveria futebol. Afinal, ele jogava futebol quase todos os dias e já se sentia um verdadeiro profissional. De repente, um garoto com um sorriso muito bonito completou o comunicado. Era apenas mais um garoto feliz entre vários, porém Popô notou algo diferente nele. Papai, por que ele não tem uma das suas pernas?
O pai imediatamente explicou:
Filho, quando Lucas era pequeno, sofreu um grave acidente de carro e nesse acidente acabou machucando muito a sua perna. Os médicos, para salvar a sua vida, tiveram que amputar a sua perna.
Porém, Deus o abençoou com a vida e, por isso, você sempre o encontra com um lindo sorriso.
Mas a perna não cresce, é para sempre? Ele nunca vai ser normal?
Filho, ele é normal, como eu e você. Apenas uma perna não o faz menor em relação a nós. Todos nós somos iguais.
Popô, lembra da cena das diferentes torcidas, da mãe falando das diferentes religiões e criando um mundo que misturava diversas torcidas, diferentes religiões e pessoas com alguma deficiência, num mundo feliz e maravilhoso.
O dia da confraternização foi marcado para um mês depois.
O tempo passou tão rápido, mas tão rápido, que em uma manhã de domingo, o seu pai o acordou avisando: Filho, é hoje, a nossa confraternização.
Como num passe de mágica, Popô levantou ainda mais feliz que de costume, olhou para o céu e agradeceu a Deus pelo dia tão especial.
No campeonato... iniciou com um grande culto em que todas as religiões estavam ali representadas. A felicidade era geral. O campeonato foi um pouco diferente dos normais. Em vez de cada igreja com seu time, os times foram criados na hora, formando equipes com pessoas de diversas religiões.
Popô esperava ansiosamente pelo início do futebol. Até as nuvens pareciam se transformar em bolas e traves de gol.
De repente, alguém gritou: Hora do futebol de crianças!
Todas as crianças correram para o campo, entre elas Lucas.
Algumas crianças o olharam com desconfiança, pois ele não tinha uma das pernas, mas Popô sabia que ele era ilimitado.
Na hora de formar a equipe, Popô e Lucas ficaram na mesma equipe. O jogo foi empolgante e o resultado foi um empate no último segundo de jogo.
E adivinhem quem marcou o gol do empate?
Goooool de Lucas! gritaram todos. Em seguida, o elegeram Capitão da equipe.
Que dia mais feliz! A felicidade era de todos. O campeonato foi encerrado com uma oração em que todos deram as mãos.
Lucas ao marcar o gol, mostrou que as diferenças existem. No entanto, com amor e perseverança, essas diferenças apenas valorizam mais a vitória do dia a dia.
Momento especial, todos saíram vitoriosos.
Popô, ao chegar em casa, disse uma frase que o pai quase chorou de emoção: Pai, hoje eu aprendi que a melhor forma de nós sermos iguais é respeitarmos as diferenças!
Popô, ao dormir, sonhou com um mundo em que as crianças saíam de caixas em que todos eram iguais e tristes, para serem felizes com todas as diferenças, mas com uma coisa que os tornava iguais: o amor

FIM


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